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VIÉS DA NEGATIVIDADE E OUTRAS ARMADILHAS MENTAIS (*)

Para nos tornarmos pais e mães que adotam a abordagem das forças, precisamos vencer algumas armadilhas mentais que nos levam a focar muito mais nas fraquezas e “pontos negativos” de nossas crianças e jovens.

A gente nem percebe, pois, esta disposição mental ocorre no “modo automático”.   Veja alguns exemplos e procure observe-se.  O exercício da parentalidade consciente, positiva e baseada nas forças pede atenção plena e constância.

  1. Viés da negatividade: por uma questão de sobrevivência, durante nosso processo evolutivo, nosso cérebro preparou-se para notar qualquer detalhe diferente, fora do padrão, ameaçador ou potencialmente perigoso – que faz soar nosso alarme interno. Como resultado, temos a tendência a notar muito mais rapidamente as “falhas” que os acertos de nossos filhos.
  2. Atenção seletiva: Já aconteceu de você pensar em comprar um determinado modelo de automóvel e, a partir de então, parece que carros daquele tipo estão em toda parte? Como nosso cérebro não consegue processar todas as informações que recebe, ele filtra as que nos interessam e são estas as que mais percebemos. Assim, se você colocar o foco apenas nas fraquezas de sua criança, tenderá a ver mais e mais apenas os pontos “negativos” dela.   Mantenha-se consciente para não cair nesta armadilha.
  3. Pensamento binário: é aquele do tipo “tudo ou nada”. Para os que caem nesta distorção mental ou a criança é uma criança “forte” ou é uma criança “fraca”. Ou tem aquela força em alto grau ou não a possui de jeito nenhum. E nada disso é verdade. Somos bem mais complexos do que isso. Todos temos nossas forças e nossas fraquezas, nossas sombras e nossas luzes, nossos gaps e nossas dimensões de excelência. Forças não tão presentes hoje, podem, inclusive, ser cultivadas.
  4. Projeção: há vezes em que uma fraqueza de nosso filho nos remete a uma fraqueza que também temos e não queríamos ter, levando-nos a lidar muito negativamente com aquela situação. Em outras vezes, projetamos nossas frustrações em nossas crianças, tentando forçá-las a ter determinados pontos fortes que não são naturais nelas ou que elas não estão interessadas em desenvolver naquele momento – como o pai que deseja que seu filho seja o ótimo goleiro que ele foi, ou que um dia desejou ser, por exemplo.

Pense se o seu desejo de acertar com seus filhos não tem feito você ser muito mais exigente com eles do que é com todas as outras pessoas. Eu sei que você deseja o melhor para sua criança, mas, acredite, a ciência vem demonstrando que o foco excessivo nas fraquezas é improdutivo e leva sua criança a se sentir menos amada e aceita por você.

Calma! Respire. Eu mesmo gostaria imensamente de ter conhecido tudo isso antes de me tornar pai!

A gente até acerta muitas vezes, por instinto ou sensibilidade, mas acredito ser de fundamental importância que nós, como sociedade, criemos espaços de diálogo e ações educacionais diversas para preparar as pessoas para serem pais e mães mais conscientes.

A gente pode te ajudar a lidar melhor com estes desafios. Siga-nos por aqui, pelo Instagram e também pelo nosso canal do Youtube.

(*) Baseado no trabalho excepcional de Lea Waters, autora de The Strength Switch, sobre a parentalidade baseada nas forças

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